38. Belle Époque



A Belle Époque foi um período na história da Europa que começou no fim do século XIX e durou até a eclosão da Primeira Guerra Mundial em 1914. A expressão também designa o clima intelectual e artístico do período em questão. Foi uma época marcada por profundas transformações culturais que se traduziram em novos modos de pensar e viver o quotidiano.

Foi considerada uma era de ouro da beleza, inovação e paz entre os países europeus. Novas invenções tornavam a vida mais fácil em todos os níveis sociais, e a cena cultural estava em efervescência: cabaré e o cinema haviam nascido, e a arte tomava novas formas com o Impressionismo e a Arte Nouveau.

Inovações tecnológicas como o telefone, o telégrafo sem fio, o cinema, a bicicleta, o automóvel, o avião, inspiravam novas percepções da realidade. Com seus cafés-concertos, balés, óperas, livrarias, teatros e alta costura. Paris, a Cidade Luz, era considerada o centro produtor e exportador da cultura mundial.

Ocorreram ainda várias mudanças no mundo da arte na Europa, fazendo com que teatros, exposições de telas, cinemas, entrassem no quotidiano dos burgueses. E apenas eles tinham acesso a este mundo da arte. A Belle Époque americana é, no entanto, instalada rapidamente no país, por meio de uma breve industrialização que começa em meados de 1875. O Ford T foi um grande símbolo progressista da Belle Époque.

O estilo chamado arte nouveau foi típico da Belle Époque. Esta corrente artística surgiu nos finais do século XIX, em reação ao emprego abusivo na arte de motivos clássicos ou tradicionais. Em vez de se basear nos sólidos modernos da arte clássica, a arte nouveau valorizava os ornamentos, as cores vivas e as curvas sinuosas baseadas nas formas elegantes das plantas dos animais e das mulheres. É uma arte essencialmente decorativa sendo as principais obras desse estilo fachadas de edifícios, objetos de decoração, joias, vitrais e azulejos. No fim do século XIX o êxodo rural, o desenvolvimento das comunicações e a eletricidade, aliadas ao crescimento urbano propiciaram o surgimento da cultura do divertimento. Essa cultura ganhou status social na burguesia através dos cabarés, onde era possível encontrar a fusão dos elementos da cultura erudita com os elementos das classes baixas.

Os parques e os cinemas transformaram-se em divertimento de massa, muito provável porque o ingresso era barato e esses divertimentos provocavam um desprendimento momentâneo da realidade cotidiana das pessoas. Isso foi possível devido ao desenvolvimento da eletricidade e a diminuição da jornada de trabalho, fazendo com que os operários tivessem mais horas livres para o lazer.

Toda essa era de ouro durou até a eclosão da Primeira Guerra Mundial em 1914 na Europa.





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